Ministério da Saúde pede que Estados e municípios sigam Plano Nacional de Imunizações

Em nota, pasta citou autonomia dos entes federados na distribuição das vacinas

Problemas de logística hospitalar e demora das vacinas foram críticas da CNM / Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O Ministério da Saúde pediu para que os Estados e municípios sigam as orientações coordenadas pelo Plano Nacional de Imunizações (PNI) durante a campanha de vacinação contra a covid-19. Em nota, a pasta reconheceu a autonomia dos entes federados na distribuição das vacinas, mas afirmou que o cumprimento das diretrizes é necessário para garantir uma imunização eficaz no País. A preocupação é que os municípios usem todas as doses recebidas sem deixar estoque para a complementação necessária para a eficácia do imunizante.

Autoridades de cidades do Nordeste, por exemplo, furaram a fila da vacina já na primeira semana da chegada do imunizante e geraram revolta entre os habitantes dos municípios. O prefeito de Itabi (SE), Júnior de Amynthas (DEM), e a secretária de saúde e o fotógrafo oficial da Prefeitura de Jupi (PE) são exemplos.

Segundo o ministério, o grupo prioritário, que deve ser vacinado neste momento, é formado pelos trabalhadores da área da saúde, população indígena em seus territórios, pessoas com deficiência institucionalizadas e pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas.

No documento, o secretário-executivo do ministério, Antônio Elcio Franco Filho, informa que a campanha conta, neste momento, com apenas seis milhões de doses da CoronaVac e que a distribuição dessas doses foi feita de forma proporcional e igualitária, “tendo sido encaminhado o quantitativo correspondente à 1º e 2ª dose (esquema completo por pessoa)”.

“Nesta primeira etapa, inicialmente, está prevista a vacinação de aproximadamente 2,8 milhões de pessoas, com meta de vacinação de 90% para cada grupo prioritário. Faz-se necessário destacar a necessidade de completar o esquema vacinal com as duas doses da vacina (intervalo de 2 a 4 semanas) no tempo determinado em bula pelo laboratório, a fim de que haja adequada imunização”, afirma.

O secretário-executivo da Saúde disse, ainda, que caso se opte por imunizar outros grupos não previstos nesta oportunidade, “os grupos prioritários definidos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, previstos neste primeiro momento, ficarão comprometidos e deixarão de ser imunizados”.