Governo federal mantém operação para buscar doses de vacina na Índia

Lote foi comprado de empresa sem relação com governo indiano, que diz ser cedo para exportar. Avião parte na noite desta sexta

Foto: AstraZeneca/Divulgação

Depois de o porta-voz do governo da Índia deixar como dúvida o envio de vacinas contra a covid-19 para o Brasil, fonte ligada ao ministro da Saúde Eduardo Pazuello confirmou que a operação para buscar 2 milhões de doses em Mumbai está mantida. O avião da Azul partirá às 23h desta sexta-feira (15) do Recife para a Índia.

Na noite desta quinta-feira (15), perguntado sobre as declarações do governo brasileiro, o porta-voz Anurag Srivastava, do Ministério das Relações Exteriores da Índia disse que “é muito cedo para fazer comentários específicos sobre a exportação da vacina contra covid-19 da Índia para outros países, porque nós ainda estamos na fase de produção e distribuição domésticas e avaliando nossas necessidades aqui”.

O lote de 2 milhões de doses da vacina indiana foi comprado pelo governo brasileiro de um fabricante privado, a AstraZeneca, sem relação com o governo daquele país.

Os únicos trâmites burocráticos em andamento dizem respeito à operação de exportação.  Eles seguem o rito normal e estão sendo tratados pela equipe de comércio exterior.

A aeronave da Azul embarcará do Recife com 11 a 13 tripulantes – somente pessoal da empresa, como pilotos e apoio. O chefe da missão à bordo do voo da Azul é um dos CEOs da companhia. A volta ao Brasil com o lote de 2 milhões de doses da vacina deve acontecer no domingo (17) com a chegada do avião ao Rio de Janeiro.

As vacinas virão prontas para serem aplicadas. Elas não precisam ser envasadas no Brasil. Elas ficarão armazenadas no Rio de Janeiro, onde a Fiocruz tem sua sede. E a gestão da distribuição ocorrerá a partir do Rio.