Roberto Jefferson acusa STF de interferência nos poderes Executivo e Legislativo

Político classificou a corte como "a maior lata de lixo do Brasil"

Foto: Partido Trabalhista Brasileiro/Divulgação

O presidente nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e deputado federal cassado Roberto Jefferson voltou a atacar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (14). Em entrevista ao programa Agora, da Rádio Guaíba, o político classificou a Corte como “a maior lata de lixo do Brasil” e pediu esforços para alterar o funcionamento do órgão.

“Essa é a pior composição de Supremo que o Brasil já teve. É um STF composto pelo PT e pelo PSDB. Uma Corte de esquerda, que faz o jogo e virou um braço político do PSOL, da Rede, do PCdoB, enfim. Esses partidos são derrotados nos votos do Congresso, apelam ao STF e eles mudam a decisão do povo representado na Câmara”, critica Jefferson.

Roberto Jefferson ganhou projeção nacional ao se envolver no esquema de corrupção chamado de “mensalão”. Segundo as investigações, o então deputado federal participou ativamente dos desvios – e foi o primeiro a denunciar os fatos à imprensa. Ele chegou a ser condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no próprio STF.

A pena, entretanto, foi reduzida a um terço da original em razão da colaboração com a elucidação do caso. “O Supremo não tem nem um nome de valor jurídico. Pelo contrário, são todos lobistas. Foram feitos no lobby, da pior qualidade. O Brasil não pode ter orgulho desse amontoado de lixo que é o STF”, disse o presidente do PTB.

O político admitiu que foi processado pelos ministros que atacou publicamente. “Respondo em seis ações que eles movem contra mim. No campo penal, por injúria, calúnia e difamação. E no campo civil, onde pedem uma indenização por danos morais”, enumera Roberto Jefferson.

“Se Arthur Lira for eleito, as reformas andam”

O parlamentar cassado também aproveitou a oportunidade para comentar as eleições da Mesa Diretora na Câmara dos Deputados e no Senado, previstas para acontecer no mês que vem. Jefferson condiciona o andamento de projetos como a Reforma Trabalhista e a Reforma Tributária à eleição dos aliados de Jair Bolsonaro (sem partido).

“Se o presidente ganhar a eleição, elegendo o Arthur Lira (PP), as reformas virão. Mas vencendo o candidato do Rodrigo Maia (DEM), que é o Baleia Rossi (DEM), as reformas não virão porque ele não vai pautá-las. Ele vai ter uma atitude semelhante à do Maia: sentar em cima e impedir que as mudanças sejam feitas”, opina.

A inelegibilidade do presidente do PTB venceu em 2013. Desde então, ele não foi candidato a nenhum cargo público. Após mais de um ano preso, ele está em liberdade desde maio de 2015.