Justiça pede para ouvir AGU sobre cartão de vacinação de Bolsonaro

Palácio do Planalto impôs sigilo de 100 anos na carteira de imunizantes do presidente. Presidente do PT contestou medida

Foto: José Dias / PR / CP

A Justiça Federal do Distrito Federal deu, nesta terça-feira, 72 horas para que a Advocacia-Geral da União (AGU) se manifeste, caso queira, sobre o pedido de liminar que visa derrubar o sigilo de 100 anos imposto pelo Palácio do Planalto na carteira de vacinação do presidente Jair Bolsonaro.

A liminar foi impetrada pela presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR). A petista pede, segundo o documento, datado de segunda-feira, que a medida de sigilo sobre o cartão de vacinação de Bolsonaro seja suspensa e que os órgãos responsáveis sejam intimados a apresentar as justificativas da ação.

Nesta terça, um dia depois, a Justiça deu seguimento à ação e deu o prazo de 72 horas para que a AGU se manifeste, caso queira. O documento é assinado pela juíza federal da 20ª Vara Adverci Rates Mendes de Abreu.

“A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. No caso, tenho que se justifica a cautela em se ouvir previamente o lado demandado. Assim, intimem-se o representante judicial da União Federal, para, querendo, manifestar-se sobre o pedido de liminar, no prazo de setenta e duas horas”, afirma a juíza.

A reportagem busca contato com a AGU. O espaço está aberto para manifestação.