Rodoviários de Guaíba cruzam os braços em protesto por pagamento de salários e benefícios atrasados

Sindicato garante que ônibus voltarão a circular assim que a prefeitura marcar uma reunião de conciliação

Foto: Expresso Assur/Divulgação

Os funcionários da empresa Expresso Assur, responsável pela operação das linhas do transporte coletivo em Guaíba, cruzaram os braços nesta segunda-feira (11) em um ato contra os atrasos no pagamento de salários e benefícios. Nenhum ônibus saiu da garagem desde o início da manhã, quando os profissionais se posicionaram em frente à porta da garagem da companhia.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários de Guaíba, Luiz Carlos Veiga Martins, os problemas se repetem há quase dois anos. “Nós temos a receber o vale-alimentação e a cesta básica há um ano e meio. Não recebemos o 13º salário, e estamos recebendo o salário do mês muito parcelado. Já tivemos umas dez audiências na Justiça para resolver isso e não conseguimos”, lamenta.

Conforme a categoria, a última reunião com representantes da empresa foi realizada na sexta-feira. O prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata (PDT), teria sido convidado a participar do encontro – mas não compareceu. Ele chegou a ir até a garagem da Expresso Assur em meio aos protestos, mas não conseguiu desmobilizar os funcionários que pedem uma intervenção do Poder Público na questão.

“A empresa não arrecada o suficiente para pagar os trabalhadores. O dinheiro que entra vai para a compra de óleo diesel e a manutenção dos veículos. Mas os trabalhadores também precisam de manutenção para trabalhar, né? O pessoal não resistiu. Já passamos o Natal sem dinheiro, pois estávamos contando com o pagamento do 13º salário. No momento em que a prefeitura se negou a rever isso aí, as pessoas se revoltaram”, afirma Veiga Martins.

O sindicato garante que os ônibus voltarão a circular nas ruas da cidade assim que a prefeitura concordar com o agendamento de uma reunião de conciliação entre as partes. O sistema convencional do transporte coletivo de Guaíba conta com seis linhas e cobra R$ 4,50 de tarifa. Já o sistema complementar, conhecido como “amarelinhos”, está desativado desde o início da pandemia de Covid-19.