RS fica com 19 regiões em bandeira vermelha

Das 21, apenas Ijuí e Santa Rosa estão com bandeira laranja

O Rio Grande do Sul passou a ter 19 regiões com bandeira vermelha, ou alto risco epidemiológico para Covid-19, no mapa preliminar da 36ª rodada do modelo de Distanciamento Controlado, o que representa 95,8% da população gaúcha. Das 21 regiões, apenas as  Ijuí e Santa Rosa ficaram na bandeira laranja. As duas, que estão no sistema de cogestão, podem utilizar protocolos de bandeira amarela, se estiver previsto no plano de cogestão. O mapa foi divulgado pelo governo gaúcho no final da tarde desta sexta-feira.

Os municípios e associações regionais podem apresentar, até as 6h de domingo, pedidos de reconsideração, que serão analisados para que as bandeiras definitivas sejam divulgadas na segunda-feira. A nova fase do Distanciamento Controlado passa a valer oficialmente na terça-feira.

Entre os indicadores levados em consideração na classificação de risco, o que mais chama a atenção é o número de leitos de UTI livres em relação aos ocupados por pacientes com Covid-19: todas as 21 regiões receberam bandeira preta. O dado demonstra que a tendência já observada desde o mês de novembro, de elevada quantidade de pacientes internados, se manteve neste início de ano.

Não só a capacidade de atendimento do sistema de saúde preocupa o governo do Estado, o avanço no contágio do coronavírus também. Apesar de os registros de hospitalizações por casos confirmados para Covid-19 ter aumentado de 794 para 1.567, registrando uma alta de 97%, o Comitê de Dados observou que uma hipótese para esse crescimento seria um atraso dos registros das duas semanas anteriores causado pelos feriados de Natal e Ano-Novo.

De acordo com a secretária da Saúde, Arita Bergmann, o fato de a grande maioria das regiões ter ficado com a bandeira final vermelha já representa um sinal de alerta para a população redobrar os cuidados. O impacto das festas de fim de ano, no entando, ainda não tiveram impacto nos dados do mapa desta semana.

“Ainda não temos como aferir o impacto no crescimento da transmissão do vírus como resultado do período de final de ano, Natal e Ano-Novo. Então, o fato de não ter bandeira preta não significa que possamos, neste momento, deixarmos de estar vigilantes em relação ao contágio. É fundamental evitarmos aglomerações, fazer o uso da máscara e lavar bem as mãos, porque a situação é crítica, como mostra a classificação preliminar”, afirmou Arita.