Com apenas alguns transeuntes de bandeiras pró-Trump nos arredores, as forças de segurança declaram segura as áreas internas e externas do Capitólio dos Estados Unidos, ao entardecer desta quarta-feira. Ao mesmo tempo, senadores democratas e republicanos manifestavam a intenção de retomar a sessão que confirmará Joe Biden como novo presidente norte-americano.
Caso retomada ainda nesta quarta, a sessão ocorrerá em um momento que Washington estará sob toque de recolher – vigente até as 6h de quinta-feira. “Esses trogloditas não vão nos afugentar”, frisou o democrata Joe Manchin à rede CNN. Aliado de Trump, Josh Hawley também projetou seguir as atividades do Congresso. “Temos que terminar o nosso trabalho.”
O senador Hakeem Jeffries, também republicano, pediu cautela, mas projetou concluir a indicação: “O Capitólio está sendo esvaziado e quando estiver seguro, vamos cumprir nossa responsabilidade constitucional. Não vamos permitir que comportamento de gangues prejudique o julgo da lei”, sublinhou.
A invasão que chocou o mundo e constrangeu a democracia dos Estados Unidos começou no momento em que os senadores começavam a confirmação dos votos de cada estado. O cercamento, que era realizado por cerca de 340 policiais, cedeu após confronto, janelas foram quebradas e, inclusive, seguranças da parte interna do Capitólio apontaram armas contra os invasores que buscavam acesso, enquanto congressistas e funcionários eram evacuados.
Pelo menos 20 foram presos em flagrante, a maioria dentro do Capitólio. Um homem de 24 anos foi socorrido em estado crítico após cair do prédio, enquanto tentava escalar por uma estrutura lateral.
Os primeiros 150 agentes da Guarda Nacional chegaram para recompor os perímetros de segurança. Todos, contudo, seguiriam desarmados, dedicados à patrulha dos arredores. Não há ainda planejamento para o envio de tropas de choque.