Porto Alegre termina 2020 com Covid-19 avançando em bairros periféricos e de classe média

Região que lidera em termos de taxa de contágio é a do Pedra Redonda, na zona Sul, com 40 casos para uma população de 274 pessoas

Foto: Fabiano do Amaral/CP

A pandemia de Covid-19 chegou a Porto Alegre por meio de cidadãos que estiveram no exterior. Em 11 de março, uma mulher, de 54 anos, que retornou de Bergamo, na Itália, se tornou o primeiro caso confirmado. A partir de então, a doença se propagou, de início, a bairros como Bela Vista, Montserrat e Petrópolis. Nove meses depois, a cidade registra 1.861 mortes e já acumula 77 mil casos da Covid, que se expande a bairros mais periféricos e de poder aquisitivo médio.

Na virada de ano, a tendência é de que essas regiões concentrem as maiores taxas de contágio. O levantamento semanal, realizado pela Diretoria Geral de Vigilância em Saúde (DGVS), conta com o auxílio de técnicos de geoprocessamento da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão.

De 7 a 13 de setembro, a cidade tinha um volume de casos 2,5 vezes menor que o atual. A taxa de incidência, que mostra a quantidade de casos por 100 mil habitantes, era de 1.893. No mapa atualizado, de 23 de dezembro, chega a 4.828.

No Sarandi, onde vivem 59 mil pessoas, na zona Norte, 2.904 já se infectaram. Já o bairro que lidera em termos de taxa de contágio é o Pedra Redonda, na zona Sul, com 40 casos para uma população de 274 pessoas. Na sequência, aparecem os bairros Jardim Europa, Três Figueiras, Navegantes e Agronomia.

Já os cinco bairros com as menores incidências foram, até agora, Bom Jesus, Lageado, São Caetano, Arquipélago e Extrema.

Hoje, a prefeitura divulgou que, até agora, foram aplicados 308.703 testes para detectar o novo coronavírus em Porto Alegre. Em dezembro, foram feitos 60.816 – o maior volume até então.