Governo cita emprego, crédito e consolidação fiscal como os maiores desafios econômicos para 2021

Ministério da Economia avaliou como positivas as aprovações das medidas de auxílio pelo governo em 2020 e quer o avanço das reformas em 2021

Foto: Divulgação / EBC

Em nota informativa divulgada nesta terça-feira, o ministério da Economia apontou três desafios do País para o próximo ano: emprego, crédito e consolidação fiscal. Apesar de serem considerados desafios, o governo prevê recuperação econômica e portanto redução do desemprego, expansão do crédito e medidas para conter o rombo fiscal.

“Existem três desafios para o ano de 2021: emprego, crédito e consolidação fiscal. O que podemos inferir até o momento é que ao longo de 2021 teremos uma elevação da taxa de ocupação na economia, o crédito continuará sua expansão, e o governo continuará tomando as medidas necessárias para fortalecer o processo de consolidação fiscal”.

Em nota anterior, o ministério da Economia já havia dito acreditar que no próximo ano a taxa de ocupação de mão de obra deve retomar os patamares pré-crise da Covid-19. “O desemprego irá se reduzir ao longo de 2021, principalmente em decorrência do aumento do emprego no setor informal com redução das medidas de distanciamento social. Em 2021, a taxa de ocupação da mão de obra irá retornar aos patamares pré-crise, e irá contribuir para uma retomada econômica mais robusta”.

O ministério da Economia projeta crescimento da economia brasileira em 2021 de 3,2% (PIB). Um dos fatores considerados positivos para o crescimento é a perspectiva de vacinação mundial, o que deve manter a taxa de juros internacional em patamar baixo, ajudando o Brasil a manter os juros internos baixos, com efeitos positivos para a economia.

O que o Governo espera aprovar em 2021?

O Ministério da Economia avaliou como positivas as aprovações de medidas pelo governo e Congresso em um cenário de pandemia e disse acreditar na construção de consenso para avançar em reformas que ficaram paradas neste ano: “as reformas tributária e administrativa, e as PECs emergencial e pacto federativo são exemplos de como tais consensos podem viabilizar a aprovação dessas importantes medidas em 2021”. Junto com as reformas e PECs, o ministério da Economia elenca outras medidas econômicas que devem avançar em 2021:

1. PECs: Emergencial e Pacto Federativo
2. Reformas: Tributária e Administrativa
3. Privatizações e concessões
4. Abertura econômica
5. PL Desestatização Eletrobrás
6. PL 232/2016 – Modernização do Setor Elétrico
7. PL 3178/2019 – Partilha Óleo e Gás
8. PL 7063/2017 – Concessões e PPPs
9. PL 2.646/2020 – Debêntures de Infraestrutura
10. PL 261/2018 – Autorização Ferrovias
11. PL 3729/2004 – Licenciamento Ambiental

A Economia finaliza dizendo que elabora “uma moderna estratégia de crescimento via mercado, sem anúncios de planos econômicos mirabolantes e com base num sólido arcabouço teórico”. E cita os projetos aprovados em 2020 que seguem essa agenda, ressaltando que, em 2021, vai ser “a vez das privatizações e da abertura econômica”.