O presidente Jair Bolsonaro afirmou, hoje, que não vai interferir na disputa pelo comando da Câmara Federal, apesar de fazer movimentos para favorecer o deputado Arthur Lira (PP-AL), derrotando o grupo aliado ao atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
No Senado, além de conversar com o MDB, o presidente é próximo de Davi Alcolumbre, que tenta apoio para Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Durante a cerimônia de posse do ministro do Turismo, Gilson Machado, o presidente manifestou, mais uma vez, expectativa de avançar com projetos de interesse do governo após as trocas do comando no Legislativo, em fevereiro. As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.
“Não vou interferir em lugar nenhum, não vou. Eu não interfiro nos meus ministros, quem dirá num outro Poder. Mas vou torcer para que o melhor aconteça, o melhor na Câmara e no Senado, e as propostas do governo, uma vez analisadas no Parlamento, tenham seu curso, sejam colocadas em votação e a maioria decida o que é melhor”, disse o presidente. “Todos nós temos a ganhar com isso”.
Presentes na cerimônia, os senadores Eduardo Braga (MDB-AM), Eduardo Gomes (MDB-TO) e Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) foram chamados de “os três mosqueteiros” pelo chefe do Planalto. Braga, Gomes e Bezerra, além da senadora Simone Tebet (MDB-MS), podem ser indicados, no MDB, para a sucessão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Na cerimônia, Bolsonaro defendeu mudanças na lei para facilitar a exploração turística de áreas ambientais. Anteriormente, ele havia afirmado que pretende levar ao Congresso a votação do excludente de ilicitude para policiais em serviço, uma medida rejeitada pelos parlamentares no ano passado. Bolsonaro disse ter certeza que o “trio maravilhoso”, os três senadores do MDB, vão encaminhar bem a pauta após a sucessão.