Os varejistas de Porto Alegre querem estender o funcionamento das lojas de shopping e do comércio de rua até 22h. A ideia é de que a medida seja adotada até 25 de dezembro como forma de aumentar as vendas no comércio. A informação é do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL/POA), Irio Piva. Ele pondera que, como a maioria das lojas de rua não demonstra interesse em trabalhar até 22h, nesse caso a abertura pode ser opcional. À Rádio Guaíba, a assessoria de comunicação da prefeitura de Porto Alegre informou não haver previsão de alteração dos decretos vigentes na cidade.
Embora um decreto estadual publicado hoje permita lojas abertas até 22h – podendo atender clientes dentro do estabelecimento até 23h -, cada prefeitura é autônoma para adotar medidas mais rígidas, caso julgue adequado. Em Porto Alegre, o decreto mais recente, de início de dezembro, permite que o comércio funcione até 20h.
“No caso dos shoppings essa ampliação de horário é vital tanto para as lojas quanto para os clientes. Inclusive, com essa iniciativa a ideia é evitar aglomerações. Com mais horários, teremos menos gente ao mesmo tempo dentro das lojas”, ressaltou Piva. Conforme o dirigente, os empresários vêm seguindo todas as medidas de proteção determinadas pelas autoridades de saúde. A reivindicação já chegou à Prefeitura.
O Sindilojas Porto Alegre salienta que segue sendo obrigatório o cumprimento dos protocolos de distanciamento, capacidade máxima e higienização para prevenção contra a Covid-19, como também para evitar que venham a ocorrer novamente medidas de restrição para o comércio.
Projeção otimista para vendas de Natal
O Núcleo de Pesquisa do Sindilojas Porto Alegre entrevistou 350 pessoas, amostra representativa dos consumidores da cidade, para entender como está a intenção de compra para o Natal deste ano. O levantamento revelou que a data deve injetar R$ 368 milhões no comércio, uma queda de R$ 90 milhões quando comparado ao valor calculado no ano passado. A média de presentes comprados por pessoa, no entanto, deve ser a mesma indicada em 2019, de 4,4 itens. Mas mais da metade dos consumidores, 57%, pretende reduzir o gasto total com as compras, que desta vez terão ticket médio de aproximadamente R$ 133 – R$ 31 a menos que o gasto por produto estipulado na pesquisa passada.
Apesar da crise causada pela Covid-19 ter prejudicado boa parte dos negócios, 57% dos empresários ainda dizem acreditar que as vendas de Natal e Ano Novo vão se igualar ou superar as do ano passado. É o que constatou a Boa Vista, parceira de negócios da CDL Porto Alegre, em pesquisa feita com cerca de 600 empresas de todo o Brasil. Contudo, segundo o levantamento, houve queda significativa na comparação com o resultado da mesma pesquisa realizada em 2019, quando 82% dos empresários tinham o mesmo otimismo.
*Atualizada às 17h
