O reajuste médio das mensalidades do ensino privado das escolas de Educação Básica do Rio Grande do Sul deve ser de 3,5% para 2021. O percentual é apontado em uma pesquisa, divulgada nesta segunda-feira pelo Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe/RS). De acordo com sindicato, o índice mostra que não vai haver repasse do aumento de custos médios previstos para o próximo ano, que chegou a 7,1%.
De acordo com o presidente do Sinepe/RS, Bruno Eizerik, o ano de 2020 foi atípico em função da pandemia de coronavírus. “Grande parte das escolas concedeu algum tipo de desconto para seus alunos e entende que, como a situação ainda não está normalizada, o repasse dos custos para o próximo ano não pode ser integral. Em média, o reajuste das mensalidades deve ser de 50% em relação ao aumento dos custos previstos”, esclarece.
Para ele, cada escola vive uma realidade diferente e as mantenedoras agem com cautela quando se trata de reajustar as mensalidades. “Não deve haver grandes investimentos das escolas para o próximo ano, e é pouco provável a concessão de descontos”, apontou.
As escolas informaram, de acordo com o Sinepe, que o percentual médio de aumento nos custos em 2020 foi de 8,5%, contra um aumento médio de mensalidades de 7%.
A entidade ainda apurou que o que mais influenciou no aumento foram os investimentos não previstos em tecnologia e as adaptações necessárias para a oferta do ensino remoto.