Gafanhotos causam danos severos em reserva indígena no Rio Grande do Sul

Fiscais agropecuários monitoram a ocorrência e estima-se que de 20 a 30 hectares de mata nativa foram danificados

Foto: Cristian Kempf / Divulgação

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) segue monitorando a ocorrência de gafanhotos no Noroeste do Estado. “Há grande desfolhamento em área de mata nativa na região central do foco de gafanhotos, entre os municípios de São Valério do Sul e Santo Augusto”, informou o fiscal estadual agropecuário André Ebone. Na sexta-feira (4), Ebone sobrevoou a área graças a parceria da Seapdr com uma empresa de aviação agrícola e um produtor rural que cedeu a pista de pouso na região.

“A estimativa é de 20 a 30 hectares de mata nativa com severos danos, inserida na reserva indígena Inhacorá. Notamos que os danos se concentram na mata contínua, não sendo observados em outros remanescentes devido à interrupção ocasionada pelas áreas de lavoura”, explicou o fiscal.

Alonso Andrade, também fiscal estadual agropecuário,  disse que a equipe em terra constatou grande presença de gafanhotos nas áreas de mata, e alguma presença em áreas agrícolas, com pouca mobilidade e sem aumento nos danos já verificados nas lavouras durante a semana. “As áreas de mata, especialmente exemplares de timbó, estão severamente atacados. Mas nas lavouras há presença de poucos gafanhotos, com pouco ou nenhum dano”, informou.