Prefeitos da Região Metropolitana agendam visita ao Butantan para negociar compra da CoronaVac

Encontro está marcado para a próxima quinta-feira, em São Paulo

Foto: Instituto Butantan /Divulgação

Uma comitiva de prefeitos gaúchos vai conhecer as instalações do Instituto Butantan, em São Paulo, na próxima quinta-feira (11). A viagem, agendada após reunião com o diretor da instituição, Dimas Covas, é o primeiro passo da negociação para que os municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre comprem doses da CoronaVac.

O grupo, liderado pela presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal), Margarete Ferretti, terá também os prefeitos de Esteio e São Leopoldo, Leonardo Pascoal e Ary Vanazzi. O presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul, Maneco Hassen, deve comparecer ao encontro.

Segundo Margarete, que é prefeita de Nova Santa Rita, o Butantan deu a entender que a fórmula – desenvolvida em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac Biotech – estará aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em janeiro. “A visita tem como objetivo a assinatura de um protocolo de intenções”, explicou.

Nesse caso, a compra só será efetivada caso o Ministério da Saúde não inclua a vacina no calendário do Sistema Único de Saúde (SUS). “Ele (Dimas Covas) foi muito receptivo. A ciência já criou a vacina. Não tem porque nós, gestores, burocratizarmos a distribuição”, pondera Ferretti, que ainda não sabe quantas doses seriam necessárias para a região.

Fábrica chinesa foi inspecionada

Os técnicos ligados à Anvisa concluíram, nessa sexta-feira (4), a inspeção na fábrica da Sinovac. Os profissionais passaram cinco dias na planta da farmacêutica em Pequim, na China. Agora, o grupo vai emitir um relatório de inspeção, que depende de algumas informações adicionais a serem enviadas pelo Instituto Butantan.

Há a expectativa de que uma certificação de boas práticas de fabricação seja emitida pela agência reguladora até a primeira semana de janeiro. Em caso de aprovação, as doses serão produzidas no Brasil. A primeira remessa de insumos, vindos da Ásia, chegaram ao país no início da semana.