Polícia faz buscas em imóvel no RS usado por criminosos após ataque em Criciúma

Casa, localizada na cidade gaúcha de Três Cachoeiras, estava repleta de vestígios do crime

Foto: Polícia Militar de Santa Catarina/Divulgação

Um imóvel localizado na cidade gaúcha de Três Cachoeiras, a 100 quilômetros de distância de Criciúma/SC, pode ter sido usado como transição para a fuga dos criminosos envolvidos no ataque a uma agência do Banco do Brasil, registrado na madrugada da última terça. A Polícia Militar de Santa Catarina faz buscas no local na manhã desta quinta-feira (3).

Segundo a corporação, a casa apresenta vários vestígios da participação no roubo – incluindo roupas manchadas de sangue, acionador para explosivos e um veículo furgão. Um homem, que monitorava a residência, foi preso. A ação conta com agentes do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da Brigada Militar do Rio Grande do Sul.

Suspeitos foram encaminhados a Porto Alegre

Detidos na tarde de ontem pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), os primeiros cinco envolvidos na ocorrência foram encaminhados à sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil (Deic), em Porto Alegre. Parte do grupo foi encontrada em São Leopoldo e outra no município catarinense de Passo de Torres.

O soldado Jeferson Luiz Esmeraldino, de 32 anos, que ficou ferido no confronto das forças de segurança com os criminosos, segue internado em observação. Ele foi baleado no abdômen, e teve de passar por três cirurgias. Conforme o último boletim médico, o policial ainda não saiu da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

Investigações

A polícia catarinense investiga se há ligação entre o assalto de Criciúma com roubos a bancos que ocorreram, neste ano, em cidades localizadas no interior de São Paulo. Chama a atenção a organização da quadrilha, que usou dez veículos de luxo e um caminhão para cometer o assalto que chocou os catarinenses.

Antes do ataque, todos os automóveis foram pintados de preto. As autoridades, inclusive, localizaram vestígios da tinta usada para a camuflagem em um galpão situado em Içara, município vizinho a Criciúma. O imóvel estava alugado desde novembro. O proprietário informou à polícia que a negociação foi realizada por celular.

O perfil do interessado, que dizia ser de Joinville e realizou o pagamento de forma antecipada, não tinha foto. Estima-se que, ao todo, 30 pessoas façam parte da organização criminosa responsável pelo assalto.