O prefeito eleito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), espera ter um posicionamento definitivo sobre o funcionamento de estabelecimentos comerciais em 2021. Defensor da abertura total da atividade econômica durante a pandemia, desde que obedecendo protocolos sanitários, Melo afirmou diversas vezes durante a campanha eleitoral que, se eleito, não pretendia manter negócios fechados a partir de 1º de janeiro de 2021.
As restrições, no entanto, aumentaram nos últimos dias, em função da elevação no número de casos e da ocupação das vagas nos hospitais, e o governador Eduardo Leite (PSDB) suspendeu o modelo de cogestão dos prefeitos gaúchos, que devem seguir as orientações do Palácio Piratini.
“Vamos ver se o governador vai manter, acho que podemos conversar isso mais afinadamente lá pelo dia 20”, disse o prefeito eleito, que afirmou que a cidade não vive uma segunda onda da Covid-19, mas um “repique” da primeira onda. Melo ressaltou que até janeiro as decisões serão do prefeito Nelson Marchezan Jr. (PSDB) e, quando questionado se as festas de fim de ano não podem piorar a situação da doença, respondeu: “Vamos fazer todas as rezas possíveis para que não”.
Nesta quinta-feira, Melo esteve reunido com economistas e representantes de entidades médicas como Cremers, Simers, Amrigs e Sindihospa. Segundo ele, houve um entendimento de todos de que não é adequado um lockdown. “O caminho é ter protocolos bem feitos, e não fazer a cidade parar”, explicou. Melo afirmou que analisa cada um dos atuais decretos municipais e que, na segunda-feira, se reúne com o secretário municipal de Saúde, Pablo Stürmer, para detalhar as medidas em andamento.
Pela manhã, Melo esteve reunido com os vereadores para tratar do projeto Imesf. A proposta, que previa a manutenção e restituição dos empregos públicos dos trabalhadores do Instituto, foi retirado de votação à tarde pelos vereadores. O debate só deve ser retomado em 2021.