As forças de Segurança Pública de Santa Catarina pedem a ajuda da população com informações para desvendar, o mais rápido possível, o crime que chocou a cidade de Criciúma, na noite dessa segunda-feira, e prender os criminosos responsáveis pelo assalto a banco, que a investigação estimou em pelo menos 30. Para isso, o Instituto-Geral de Perícias (IGP-SC) disponibilizou o telefone 190.
“Nosso trabalho é coletar essas evidências. Qualquer informação que a população tenha sobre esse crime é util. Temos equipamento e material para combater esse tipo de crime e vamos trabalhar dia e noite para desvendar esse caso”, destacou o perito-geral Giovani Eduardo Adriano ao afirmar que um grupo experiente de peritos já está na cidade trabalhando no caso.
O governo catarinense, com o apoio de outras forças, afirmou que “não está medindo esforços” para solucionar o crime que contou com grande organização, armamento pesado, explosivos, coletes balísticos e munição de diferentes calibres. “O governo segue empenhado na busca dos criminosos e para que ações como essas não se repitam em Santa Catarina”, afirmou o governador Carlos Moisés em coletiva à imprensa nesta terça-feira.
Até o momento, foram presas quatro pessoas que fizeram o recolhimento de parte das cédulas de papel jogadas no chão em razão da explosão. Com elas, foram localizados cerca R$ 810 mil. Conforme a Polícia Militar, 10 veículos utilizados na ação foram encontrados na localidade de Picadão, no município de Nova Veneza, nessa manhã. A Polícia também apreendeu material explosivo estimado em 230 quilos, do tipo Melaton. Durante a operação, na madrugada, um policial foi baleado e recebe atendimento em estado gravíssimo.
Ousadia e violência
Uma operação marcada pela “ousadia e violência”, definiu o presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial e Delegado Geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Paulo Koerich. O roubo ao banco com uso de explosivos na noite de ontem também foi considerado pelo delegado da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC), Anselmo Cruz, o “roubo de maior proporção” na história de Santa Catarina.
“Há uma mobilização policial muito forte nas buscas e, em paralelo a isso, já começou o trabalho de investigação. Estamos falando de pelo menos 30 criminosos, 10 veículos e armamento muito pesado”, apontou Cruz. Além dos policiais catarinenses, há contatos e mobilização com as polícias de outros Estados, como do Rio Grande do Sul e Paraná, e com a Secretaria Nacional de Segurança, para a união e integração de esforços na ação policial, no Sul.