Família desiste de prolongar velório e corpo de Maradona vai ser enterrado

Multidão do lado de fora da Casa Rosada, sede do governo argentino, protestou, mas não houve registro de grandes confusões em Buenos Aires

Foto: Reprodução / Casa Rosada

Apesar da multidão ainda presente na porta da Casa Rosada, na sede do governo argentino, a família desistiu de prolongar o velório de Diego Armando Maradona. O caixão com o corpo do eterno ídolo do futebol mundial seguiu, no fim da tarde, em um carro fechado, para o cemitério Jardim da Paz, no bairro de Bella Vista, na periferia de Buenos Aires.

Os apaixonados pelo eterno camisa 10 presentes na Praça de Maio se revoltaram por não conseguirem dar o último adeus, mas não houve registros de grandes confusões. O clima era mais parecido com um estádio de futebol. O velório começou pouco depois das 6h (horário local e de Brasília) e tinha previsão de terminar às 16h. Por um pedido da polícia, atendido pela família, o velório chegou a ser estendido até as 19h, mas teve de ser encerrado menos de duas horas antes da nova previsão.

Maradona vai ser enterrado ao lado dos pais Dalma e Don Diego. O local vai receber uma cerimônia para familiares e amigos e, posteriormente, se tornar um ponto de visitação de fãs, inclusive com apelo turístico.

Segundo as contas das autoridades, a fila chegou a 3 quilômetros, e os fãs tinham menos de 15 segundos diante do caixão coberto com uma bandeira da Argentina. As pessoas não podiam, por exemplo, parar para uma despedida mais demorada. Alguns jogaram, rapidamente, flores e um ou outro objeto de lembrança.

A atual vice-presidente Cristina Kirchner prestou homenagem e chorou ao lado do caixão. Maradona e o marido, Néstor Kirchner, que morreu em 2007, eram amigos, e o ex-jogador esteve presente no velório do ex-presidente.

Maradona morreu na última quarta, vítima de uma parada cardiorrespiratória. A família chegou a pensar em um sepultamento no fim de semana, mas recuou também em razão da pandemia do novo coronavírus e da necessidade do isolamento social. A Argentina contabiliza 1.390.375 casos e 37.714 mortes pela Covid-19.

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