Taxa de transmissão da Covid-19 no Brasil é a maior desde maio, aponta universidade britânica

Índice passou de 1,10, em 16 de novembro, para 1,30, nesta terça-feira

Foto: Mauro Schaefer / CP

A taxa de transmissão do novo coronavírus no Brasil é a maior desde maio, de acordo com monitoramento do centro de controle de epidemias da universidade Imperial College, de Londres, no Reino Unido. A taxa de contágio, conhecida como Rt, passou de 1,10, no dia 16 de novembro, para 1,30 no balanço divulgado nesta terça-feira.

De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, o índice havia se aproximado desse patamar, pela última vez, na semana de 24 de maio, quando atingiu 1,31. A taxa denota para quantas pessoas um paciente infectado consegue transmitir o novo coronavírus. Quando ela é superior a 1, cada infectado transmite a doença para mais de uma pessoa. Isso representa o avanço da doença.

Para a epidemia em um país ser considerada controlada, a taxa de transmissão precisa estar abaixo de 1. De acordo com os números atuais, cada 100 pessoas contaminadas transmitem o vírus para outras 130 no Brasil.

Há duas semanas, o número ficou em 0,68, o menor valor desde abril. A data coincide com o atraso na atualização de casos e mortes por Covid-19 pelo Ministério da Saúde. Problemas técnicos atrasaram o registro de novos casos e mortes. A pasta reconheceu na sexta-feira, indícios de um ataque cibernético, mas ainda não há laudo conclusivo.

A taxa de contágio retrata uma média nacional, sem abordar as particularidades de cada estado ou região.

Já a média móvel diária de mortes causadas pelo novo coronavírus no Brasil ficou em 496, nessa segunda-feira. O cálculo registra as oscilações dos últimos sete dias e elimina distorções entre um número alto de meio de semana e baixo de fim de semana.