Sem resquício de protestos e homenagens, Carrefour reabre com movimento baixo no Passo D’Areia

Supermercado ficou três dias fechado após a morte de João Alberto Silveira Freitas, na quinta-feira

Foto: Alina Souza/CP

Depois de três dias fechado, o Carrefour, na avenida Plínio Brasil Milano, no bairro Passo D’Areia, na zona Norte de Porto Alegre, reabriu na manhã desta segunda-feira para atendimento ao público. O hipermercado ficou fechado após a morte de João Alberto Silveira Freitas, homem negro de 40 anos espancado pelos seguranças em uma das saídas da unidade.

O local voltou a funcionar às 8h e recebeu poucos consumidores nas primeiras horas da manhã. No lado de fora, funcionários de uma empresa contratada pelo Carrefour ainda faziam reparos no prédio – alvo dos protestos da sexta-feira passada que culminaram em focos de incêndio e depredações no estabelecimento comercial.

Apagadas, as frases nas paredes pediam por justiça e o fim do racismo. Também não há mais resquícios de um pequeno memorial que havia se formado no local, contendo arranjos de flores e outras homenagens à vítima.

No estacionamento do Carrefour, o cliente Cláudio Antônio Barros disse que o movimento era tranquilo dentro supermercado. “Foi um absurdo o que aconteceu. Agora, é preciso levantar a cabeça e também procurar pessoas qualificadas para trabalhar no atendimento do público”, destacou.

Já o motorista de aplicativo Luís Henrique Santos, morador de Alvorada, afirmou que paga contas em uma agência lotérica. “Estou muito triste com o Carrefour e nem tive coragem de entrar no estabelecimento”, ressaltou.

Segundo Santos, é fundamental que a empresa faça um trabalho no sentido de melhorar o atendimento. Moradora da avenida Plínio Brasil Milano, uma cliente do hipermercado, que pediu para não ser identificada, disse que neste momento não pretende realizar compras no estabelecimento.

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