Polícia investiga espancamento coletivo em praça de Nova Prata

Vítima morreu internada, dez dias depois de sofrer socos e pontapés de ao menos 40 pessoas

Mais de 40 pessoas serão ouvidas na investigação da Polícia Civil sobre a morte de homem espancado em Nova Prata, na Serra. Arlindo Elias Pagnocelli, 39 anos, recebeu socos e pontapés em uma confusão que ocorreu na praça central da cidade, em 8 de novembro.

Atendido de início no Hospital São João Batista, Pagnocelli teve de ser transferido para uma UTI em Vacaria, onde faleceu no dia 18.

A delegada Liliane Pasternak Kramm, responsável pelo caso, pretende ouvir todos os envolvidos que aparecem em imagens das câmeras de videomonitoramento. Parte do grupo já começou a ser ouvido.

Segundo relatos, a vítima importunou duas mulheres que passaram pelo local e uma delas chamou outras pessoas. A partir deste momento, Pagnocelli começou a apanhar. Ele conseguiu se livrar dos agressores e correu por 200 metros, sendo alçado em seguida. As agressões, então, continuaram.

Polícia Civil considera caso de tentativa de homicídio

A Polícia Civil considera o caso uma tentativa de homicídio porque ele seguiu sendo agredido, mesmo estando desacordado. Familiares da vítima disseram que não há provas de que ele tenha cometido qualquer ato condenável. Pagnocelli, que era funcionário de uma empresa de basalto, era solteiro e vivia com uma irmã. Os depoimentos devem ser concluídos nesta semana.

Conforme a Polícia Civil, ainda não está clara a forma como o homem abordou as mulheres. A família de Pagnocelli não acredita que ele tenha cometido assédio e aponta que a morte tenha ocorrido por outro motivo. O caso é investigado como homicídio qualificado, já que ele não teve chance de defesa.