Manhã é marcada por homenagens e reparos em unidade do Carrefour na Zona Norte de Porto Alegre

Prédio exibe as marcas dos protestos realizados na noite da sexta-feira

Foto: Fabiano do Amaral/Correio do Povo

A unidade do Carrefour instalada na avenida Plínio Brasil Milano, na Zona Norte de Porto Alegre, amanheceu neste sábado (21) com as marcas do protesto contra a morte de João Alberto Silveira Freitas. As paredes do prédio seguem chamuscadas pelo fogo ateado pelos manifestantes, que ainda causa a presença de fumaça. Boa parte da estrutura está quebrada, e os pedaços de vidro e metal tomam conta da fachada do hipermercado.

Uma empresa contratada pelo Carrefour esteve no local, nas primeiras horas da manhã, para fazer a primeira parte da manutenção dos estragos. Funcionários de outras companhias, que possuem lojas dentro da unidade, também movimentaram a parte externa do prédio na tentativa de contabilizar os danos. O acesso ao hipermercado, que teve grades e cercas arrancados é monitorado por agentes da Brigada Militar.

As homenagens a João Alberto também continuam, mais de 36 horas após o assassinato, resultante de um espancamento registrado em vídeo. O local está tomado de cartazes e flores deixados pelas pessoas que passaram pelo Carrefour desde a sexta-feira. Frases relacionadas ao movimento “Vidas Negras Importam” estão pichadas nas paredes do hipermercado e, também, no chão do estacionamento onde Beto foi morto.

Há, também, vestígios da revolta popular contra os seguranças responsáveis pela morte – estampada em palavras como “racistas” e “assassinos”. Os motoristas que passam em frente ao hipermercado usam a buzina de seus carros para manifestar apoio a Beto. A unidade, fechada desde o ocorrido, não tem previsão de reabertura – e deve continuar sob monitoramento ao longo de todo o dia.

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