Empresa demite por justa causa envolvidos na morte de homem negro em hipermercado

Grupo Vector alega não fazer parte da vigilância do prédio, mas sim do setor de prevenção e perdas

Foto: Guilherme Almeida/Correio do Povo

Após mais de 24 horas de silêncio em relação ao espancamento que culminou na morte de João Alberto Silveira Freitas, a empresa responsável pela fiscalização na unidade do Hipermercado Carrefour – cenário do assassinato – veio à público prestar esclarecimentos. Em nota, o Grupo Vector afirmou que “lamenta profundamente os fatos ocorridos e se sensibiliza com os familiares da vítima”.

Ainda por meio de comunicado, a companhia – que alega não fazer parte da vigilância do prédio, mas sim do setor de prevenção e perdas – informa que rescindiu por justa causa os contratos dos homens envolvidos no caso. “A empresa tomará as medidas cabíveis, estando à disposição das autoridades e colaborando com as investigações para a apuração da verdade”, finalizou.

Ontem, o Grupo Vector foi alvo de uma ação da Polícia Federal. Agentes da corporação realizaram uma fiscalização extraordinária para apurar supostas irregularidades na contratação de funcionários. Isso porque um dos acusados de assassinar João Alberto tinha vínculo com a Brigada Militar, e não poderia exercer uma segunda função junto à iniciativa privada. O registro de vigilante dele também estaria em situação irregular.

Outro envolvido na morte sequer tinha o documento, que é emitido pela própria PF. Os resultados da fiscalização ainda não foram divulgados.

Vítima é sepultada neste sábado

O corpo de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, será sepultado as 11h deste sábado (21) no cemitério municipal São João, em uma região próxima à unidade do Carrefour onde ele foi espancado até a morte por seguranças. Ontem, manifestantes entraram em confronto com policiais durante protesto em frente ao hipermercado.

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