Homem morre espancado em saída de hipermercado na zona Norte de Porto Alegre

Dois suspeitos foram presos pela BM

Foto: Reprodução

A Brigada Militar atendeu uma ocorrência com morte, na noite dessa quinta-feira, em um hipermercado no bairro Passo D’Areia, zona Norte de Porto Alegre. Um homem negro, de 40 anos, morreu após ser espancado na cabeça e, supostamente, sufocado. Em imagens compartilhadas em redes sociais, é possível ver um segurança imobilizando a vítima e um outra pessoa cometendo as agressões. Conforme informações preliminares fornecidas pela BM, esse segundo homem é um PM temporário. Ambos foram presos em flagrante.

Conforme os relatos colhidos pela BM, o homem discutiu com uma operadora de caixa do mercado. As agressões ocorrem em uma das saídas do complexo. Em outras imagens, funcionários do local dizem, antes de ser contido, que o cliente havia agredido funcionários do hipermercado.

O registro policial cita que, “na tentativa de segurar o indivíduo, foi utilizada força demasiada, acarretando na morte do homem”. Acionada, uma equipe do Samu tentou, sem sucesso, reanimar a vítima. Parentes do homem fazem o registro da ocorrência, nesta madrugada, junto à Polícia Civil.

A Brigada Militar destacou, em nota, que o PM Temporário não estava em serviço policial e que atendeu a ocorrência de forma imediata após ter sido acionada. Já o Carrefour Brasil, lamentou profundamente o caso e disse que a empresa adotará as medidas cabíveis para responsabilizar os envolvidos neste ato criminoso. Em nota, a instituição afirma que romperá o contrato com a empresa que responde pelos seguranças que cometeram a agressão. O funcionário que estava no comando da loja no momento do incidente será desligado.

Confira a íntegra do posicionamento da Brigada Militar:

Imediatamente após ter sido acionada para atendimento de ocorrência em supermercado da Capital, a Brigada Militar foi ao local e prendeu todos os envolvidos, inclusive o PM temporário, cuja conduta fora do horário de trabalho será avaliada com todos os rigores da lei.

Cabe destacar ainda que o PM Temporário não estava em serviço policial, uma vez que suas atribuições são restritas, conforme a legislação, à execução de serviços internos, atividades administrativas e videomonitoramento, e, ainda, mediante convênio ou instrumento congênere, guarda externa de estabelecimentos penais e de prédios públicos.

A Brigada Militar, como instituição dedicada à proteção e à segurança de toda a sociedade, reafirma seu compromisso com a defesa dos direitos e garantias fundamentais, e seu total repúdio a quaisquer atos de violência, discriminação e racismo, intoleráveis e incompatíveis com a doutrina, missão e valores que a Instituição pratica e exige de seus profissionais em tempo integral.

Confira a íntegra do posicionamento do Carrefour: 

“O Carrefour informa que adotará as medidas cabíveis para responsabilizar os envolvidos neste ato criminoso. Também romperá o contrato com a empresa que responde pelos seguranças que cometeram a agressão. O funcionário que estava no comando da loja no momento do incidente será desligado. Em respeito à vítima, a loja será fechada. Entraremos em contato com a família do senhor João Alberto para dar o suporte necessário. 

O Carrefour lamenta profundamente o caso. Ao tomar conhecimento deste inexplicável episódio, iniciamos uma rigorosa apuração interna e, imediatamente, tomamos as providências cabíveis para que os responsáveis sejam punidos legalmente. 

Para nós, nenhum tipo de violência e intolerância é admissível, e não aceitamos que situações como estas aconteçam. Estamos profundamente consternados com tudo que aconteceu e acompanharemos os desdobramentos do caso, oferecendo todo suporte para as autoridades locais.”

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