Mourão: política ambiental do país segue a legislação

Na opinião dele, país construiu “bases de uma política capaz de enfrentar esse desafio de maneira duradoura”

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebon / Agência Brasil

O Brasil conseguiu “reverter a tendência ascendente do desmatamento”. A avaliação é do vice-presidente da República Hamilton Mourão, que preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL). Na opinião dele, o país construiu “as bases de uma política capaz de enfrentar esse desafio de maneira duradoura.”

As afirmações foram feitas no discurso de abertura da 3ª reunião do CNAL, que ocorreu na tarde desta terça-feira no Palácio do Itamaraty, em Brasília. Ele reconhece, no entanto, que “não temos ainda resultados a celebrar”, mas que, entre 2019 e 2020, “os dados do sistema de avisos Deter do Inpe” indicaram a desaceleração do desmatamento quando comparado ao ano anterior. “Mas a queda está abaixo da nossa meta”, comentou.

Após a reunião, em entrevista coletiva, Mourão defendeu a atuação do governo federal na questão ambiental. “Quero deixar claro que nós estamos fazendo nossa parte. O governo não está de braços cruzados”, disse. Segundo o vice-presidente, o governo federal cumpre a lei no trato do meio ambiente. “A nossa política ambiental é de acordo com a legislação. Temos que fazer respeitar a legislação.”

EUA

Indagado sobre eventual troca de comando na Casa Branca entre republicanos e democratas, na eleição que ocorre hoje nos Estados Unidos, Mourão salientou que a relação dos dois países é de estados independentes e o governo brasileiro vai continuar agindo da mesma forma. “Se é [Joe] Biden ou se é [Donald] Trump, nós temos que fazer o certo porque esse é o nosso dever como governo do Brasil. Fazer com que a lei seja obedecida.”

“Não somos o vilão”

Hamilton Mourão salientou que o Brasil é responsável “pela emissão de 3% de CO² no mundo”, emprega matriz energética limpa e renovável e mantém 64% do território preservado. Na Amazônia, segundo ele, esse percentual é de 84%.

“Nós não somos o vilão. Temos um problema relativo à proteção e preservação da nossa floresta. Ok. Mas os outros países também têm muita coisa ainda a ser cumprida”, disse fazendo referência ao cumprimento do Acordo de Paris, do qual os Estados Unidos se retiraram em junho de 2017.