A prefeitura de Canoas assumiu temporariamente, nesta sexta-feira, a gestão do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), o Gracinha. A medida é uma resposta imediata da atual gestão municipal para evitar o fechamento do setor de emergência e regularizar os atendimentos prestados pela casa de saúde.
“Nossa preocupação é com a saúde dos canoenses, por isso, fizemos essa requisição. Incialmente, já na próxima semana, vamos fazer uma auditoria para conhecer os gargalos que impedem o funcionamento a pleno do hospital. Depois, vamos apresentar um plano de trabalho para aumentar o número de consultas e cirurgias no Graças. O hospital não fechou e nem vai fechar as portas. Pelo contrário, vamos trabalhar para, cada dia mais, aumentar e qualificar o número de atendimentos”, disse o secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter.
O diretor técnico do hospital, Glauco Luis Konzen, que integra a Associação Beneficente São Miguel (ABSM), esclarece que diante de uma série de dificuldades econômicas e financeiras pela qual passa a instituição de saúde, agravada ainda mais pela pandemia, sinalizou à Prefeitura em 20 de setembro a possibilidade de fechamento do setor de emergência.
“Nós notificamos o Município pela gravidade que a situação se encontra, como uma forma de pedir uma intervenção do Executivo. A emergência é o local com maior déficit de recursos, porém o setor que mais gasta. Da receita do HNSG, 85% é SUS. Os serviços de convênios e particulares, que geravam recursos para o hospital, foram reduzidos drasticamente com a chegada do coronavírus e os insumos, durante a pandemia, viraram artigos de luxo. Alguns medicamentos aumentaram 1000%, com isso gerando atrasos salariais de médicos e também de fornecedores”, relata.
No ano passado, a Prefeitura de Canoas solicitou, junto do Ministério Público Estadual, a troca da gestão do HNSG para evitar o fechamento do hospital. No entanto, mesmo com a nova gestão, o Executivo pondera que os problemas voltaram a se repetir.
