Anvisa autoriza importação de 6 milhões de doses de vacina chinesa

Imunizante da farmacêutica Sinovac é estudada pelo Instituto Butantan e encontra-se na fase três de testes

Anvisa disse que aprovação da vacinação em um determinado público só ocorre a partir de uma solicitação de um fabricante | Foto: Anvisa / Divulgação / CP memória

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) comunicou, nesta sexta-feira, que autorizou a importação de 6 milhões de doses da vacina Adsorvida Covid-19, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech.

A solicitação para a aquisição das doses partiu do Instituto Butantã, que desenvolve o estudo clínico do imunizante do Brasil, atualmente na fase três de testagem. A vacina ainda não obteve registro da Anvisa.

A decisão salienta que a carga importada vai ficar sob a guarda do Instituto Butantan, “em perfeitas condições de acondicionamento, até que seja autorizada a utilização”.

No início da semana, o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, comunicou a intenção de comprar 46 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 da Sinovac, para uso no Sistema Único de Saúde (SUS), após a aprovação da Anvisa.

A declaração, no entanto, gerou críticas do presidente Jair Bolsonaro. Ele afirmou que a vacina chinesa não parece segura pela “origem”, e afirmou que o povo brasileiro não vai ser “cobaia” do imunizante chinês.

Segundo Bolsonaro, não se justifica um bilionário aporte financeiro em um medicamento que sequer ultrapassou a fase de testagem. “Diante do exposto, minha decisão é a de não adquirir a referida vacina”, disse.

Além da Coronavac, existem outras vacinas contra a Covid-19 em produção no Brasil. O governo federal já firmou acordo com a Universidade de Oxford para a fabricação de doses pela Fiocruz a partir de 2021. Está prevista a compra de 100 milhões de doses do imunizante no primeiro semestre de 2021 e mais 110 milhões na segunda metade do ano.

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