Eduardo Leite sugere que veto de Bolsonaro à vacina chinesa partiu de “análise política”

Governador havia comemorado anúncio do Ministério da Saúde que previa compra de 47 milhões de doses da Coronavac

Foto: Palácio Piratini/Divulgação

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), comentou a negativa do presidente Jair Bolsonaro em comprar doses da Coronavac na manhã desta quarta-feira (21). A vacina contra a Covid-19, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantã, de São Paulo, está em fase final de testes.

Para Leite, “a definição sobre a inclusão de vacinas contra a Covid-19 no Programa Nacional de Imunização deve ser feita com análise eminentemente técnica e não política”. O governador havia comemorado, ontem, a iniciativa do Ministério da Saúde em anunciar a compra de 46 milhões de doses do imunizante.

O tucano ressaltou, ainda, que será preciso observar “a viabilidade, segurança e agilidade para atender a população”. Segundo o Instituto Butantã, a Coronavac se apresenta como a vacina com o menor índice de efeitos colaterais em desenvolvimento no mundo. Os dados consideram o acompanhamento de 9 mil voluntários já vacinados no Brasil.

Ministério pretendia contar com três fabricantes

Nessa terça-feira (20), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou em reunião com os governadores que a pasta pretendia adquirir doses de três fabricantes diferentes para garantir a imunização contra o coronavírus através do SUS. A maior parte do contingente previsto seria composto, justamente, de Coronavac.

Por outro lado, o presidente Jair Bolsonaro declarou que não se justifica um bilionário aporte financeiro num medicamento que sequer ultrapassou sua fase de testagem. Segundo o político, que se referiu à fórmula como ‘a vacina chinesa de João Doria’, “o povo brasileiro não vai ser cobaia de ninguém”.

WP Twitter Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
Sair da versão mobile