Júlio Flores quer uma prefeitura conduzida por conselhos populares

Candidato do PSTU encerrou o ciclo de entrevistas com os 13 postulantes à prefeitura de Porto Alegre na Rádio Guaíba

Foto: Guilherme Almeida/CP Memória

Um governo municipal conduzido por decisões tomadas por conselhos populares é o que pretende fazer o candidato à prefeitura de Porto Alegre pelo PSTU, Júlio Flores. Figura já conhecida de outras disputas eleitorais na cidade e no estado, o último dos 13 postulantes ao Executivo a ser entrevistado pelo programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba, disse nesta sexta-feira ter como prioridades a manutenção do ensino remoto durante a pandemia do coronavírus e a criação de medidas para garantir uma renda emergencial à população.

O candidato afirmou que quer garantir um “governo socialista dos trabalhadores para enfrentar a exploração capitalista”, que entende ser a principal causadora do desemprego, através da criação de conselhos que serão formados nos bairros populares, locais de trabalho, nas escolas e nas comunidades indígenas e quilombolas de Porto Alegre. “Eles que vão decidir a política do governo”, disse. Se eleito, Flores pretende apresentar propostas como o não pagamento da dívida pública da prefeitura com os bancos e o fim da isenção de impostos para que esses representantes da população tomem as decisões.

Professor de matemática das redes municipal e estadual, o candidato entende que não é o momento de retorno do ensino presencial. De acordo com ele, sair da modalidade remota significa colocar cerca de 400 mil porto-alegrenses em risco e possibilitar uma segunda onda de infecções da Covid-19. “No Rio Grande seriam quatro milhões (de pessoas) circulando e isso poderia dar um novo impulso à pandemia”, comentou, citando estudo da universidade de Harvard que apontou, entre as crianças, carga viral elevada.

Sobre o enfrentamento da crise financeira agravada pela pandemia, o candidato disse ter entre as prioridades utilizar recursos públicos – segundo ele, a prefeitura é superavitária em cerca de R$ 300 milhões – para garantir uma reforma estrutural. Ele citou um projeto para viabilizar que os trabalhadores construam as próprias casas para suprir um déficit de mais de 50 mil moradias, e mencionou que o plano de obras públicas também deve incluir a construção de escolas e postos de saúde.

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