Após problema técnico, Câmara adia mais uma vez depoimento no processo de impeachment de Marchezan

Oitiva da empresária Marta Rossi foi remarcada para a quinta-feira

Foto: Leonardo Contursi/CMPA

A retomada dos trabalhos na comissão que analisa o impeachment do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) na Câmara de Vereadores de Porto Alegre foi marcada, mais uma vez, por problemas técnicos. A sessão, que começou às 10h desta terça-feira (13), foi encerrada sem que o depoimento da empresária Marta Rossi começasse.

A testemunha, arrolada pela defesa do político, compareceu ao plenário por videoconferência. E, assim como aconteceu na semana passada, teve problemas em se comunicar com os parlamentares. O áudio da chamada estava com eco, percebido até mesmo na transmissão da TV Câmara.

O presidente da comissão, vereador Hamilton Sossmeier (PTB), chegou a levantar a possibilidade de cancelar a sessão – já que a testemunha optou por falar de forma remota. Entretanto, o advogado Roger Fischer, que representa Marchezan, rebateu a proposta ao questionar se o depoimento presencial havia sido oferecido a Marta.

A empresária relatou que chegou a vir para Porto Alegre, na semana passada, na data em que deveria falar à Câmara. Entretanto, acabou tendo de voltar para casa por causa da interrupção dos trabalhos após uma decisão judicial. Dessa forma, foi decidido que a sessão será reagendada para quinta-feira (15), às 10h.

Nessa data, Marta Rossi terá de estar, pessoalmente, na sede do Legislativo Municipal. Outros dois depoimentos estão marcados para hoje à tarde: o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta falará, também por vídeochamada, às 13h. Já o ex-secretário de Comunicação da Capital, Orestes de Andrade Júnior, será ouvido presencialmente às 15h.

Prazo

Instaurada em agosto, a comissão processante tinha 90 dias para analisar a denúncia aceita pelos vereadores de Porto Alegre. Desde então, mesmo com a interrupção dos trabalhos por causa de sucessivas ações judiciais impostas à ação, o prazo segue correndo – e chega ao fim em 9 de novembro.

Antes dos problemas registrados na abertura da sessão, o vereador Hamilton Sossmeier afirmou que pretendia concluir a fase de depoimentos até a sexta-feira. “Se falhar uma ou outra, podemos avançar a semana que vem, mas a ideia é que possamos concluir tudo o mais rápido possível”, disse.