Reunião na casa de Gilmar selou indicação de Kassio Marques ao STF, publica jornal

Encontro durou cerca de duas horas, na noite de terça-feira

Foto: ASCOM / TRF-1 / Divulgação

Uma reunião na casa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, na noite de terça-feira, selou a escolha do desembargador Kassio Nunes Marques para ocupar a cadeira de Celso de Mello na Corte. De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, na tentativa de se aproximar do STF e da classe política, o presidente Jair Bolsonaro pediu ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para intermediar o encontro.

Alcolumbre ligou, então, para Gilmar, que providenciou uma reunião na casa dele. O ministro Dias Toffoli, que deixou a presidência do Supremo no último dia 10, também participou da conversa. Acompanhado de Kassio Nunes Marques, Bolsonaro elogiou a Corte e afirmou estar confiante na independência e harmonia entre os Poderes.

Ex-vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Kassio teve a indicação aprovada pelos magistrados do STF, que foram surpreendidos com a escolha. O decano Celso de Mello vai se aposentar no próximo dia 13. Kassio não era cotado para essa vaga, mas para ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Ainda conforme o Estadão, a conversa na casa de Gilmar durou duas horas, das 19h às 21h, e ocorreu em clima descontraído. Toffoli e Gilmar são os dois principais integrantes da ala crítica à Lava Jato no Supremo. Os dois sempre aconselharam o presidente a baixar o tom quando protestos contra a Corte faziam barulho na Praça dos Três Poderes.

O favoritismo de Kassio na corrida ao Supremo pegou boa parte do governo de surpresa na manhã desta quarta.

Outro ponto a favor é o fato de o desembargador ser do Piauí. A possível indicação de Kassio é um gesto de Bolsonaro ao Nordeste, região da qual o presidente busca se aproximar, já de olho nas eleições de 2022. Nas redes sociais, o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do Progressistas, comemorou o favoritismo do conterrâneo.

Até então, Bolsonaro tinha como opções os ministros da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira, e da Justiça, André Mendonça.

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