Operação em 5 estados apura desvios em contratos de R$ 1,2 bi

Polícia Federal cumpre mandados de prisão temporária no Pará e faz diligências em SP, PR, MG e MS contra irregularidades na área da Saúde

Helder Barbalho é investigado pela Polícia Federal por suposta fraude | Foto: Maryanna Oliveira / Câmara dos Deputados / CP

A Polícia Federal cumpre nesta terça-feira (29), a pedido do Ministério Público Federal (MPF), 13 mandados de prisão temporária, além de buscas em endereços ligados a 37 pessoas físicas e jurídicas. Entre os alvos da operação está o governador do Pará, Helder Barbalho.

Contra Barbalho, não há mandado de prisão, mas agentes foram ao seu gabinete de governo em busca de documentos que comprovem as denúncias.

A investigação apura possíveis irregularidades na contratação, por parte do governo do estado do Pará, de organizações sociais para gestão de unidades hospitalares. Com a pandemia de covid-19, essas entidades assumiram também a instalação e administração de hospitais de campanha.

A ação acontece no estado de São Paulo com o nome Raio-X e também nos estados do Pará, Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, como operação S.O.S. As duas têm o mesmo objetivo.

As contratações, formalizadas entre agosto de 2019 e maio de 2020, ultrapassam a quantia de R$ 1,2 bilhão.

As apurações começaram com a Polícia Federal no Pará, foram robustecidas por material compartilhado pela Polícia Civil de São Paulo e passaram à PGR após envolvimento de autoridades com foro por prerrogativa de função.

Outras pastas do Executivo paraense, como a Casa Civil e a Secretaria de Transportes também são alvos de buscas. O inquérito corre sob sigilo e, por isso, os nomes dos investigados que não têm foro por prerrogativa de função não serão divulgados neste momento.