O governo do Rio Grande do Sul não estuda o retorno das torcidas aos estádios gaúchos e, tampouco, a medida deve ser pauta do Comitê de Crise em uma perspectiva de curto prazo. A posição, dada pelo governador Eduardo Leite em videoconferência nesta quinta-feira, contraria o sinal verde dado pelo Ministério da Saúde na última terça-feira. O retorno dos torcedores aos estádios, conforme a pasta, pode ocorrer com 30% da ocupação. Entretanto, cabe aos Estados e municípios acatar a flexibilização e elaborar os protocolos sanitários para que as arenas voltem a receber público.
“No RS, não trabalhamos com a perspectiva de retorno com as torcidas nos estádios. Estamos conversando com promotores de evento e shows e, naturalmente, os protocolos para audiência em eventos podem vir a se desdobrarem nos estádios. Mas não vemos perspectivas em curto prazo de retorno das torcidas no Estado”, afirmou o governador.
Um entendimento semelhante já havia sido adotado pela Prefeitura de Porto Alegre. O Comitê Municipal de Enfrentamento ao Coronavírus disse, nessa quarta-feira, que é prematura a volta das torcidas as arquibancadas da Arena do Grêmio, do Beira-Rio e do Passo D’Areia em outubro.
Após a adoção de eventos-testes em diversos municípios gaúchos, Leite ainda adiantou que os protocolos para a volta de shows, feiras de grande porte e eventos culturais devem ser anunciados em outubro. Atualmente, na área de eventos, o governo estadual liberou apenas os corporativos e feiras de pequeno porte. Ambos os segmentos devem obedecer a uma série de protocolos sanitários, que dispõem sobre ocupação limitada, e às bandeiras de risco do modelo de Distanciamento Controlado.