O Ministério Público do Rio Grande do Sul e a Polícia Civil desencadearam na manhã desta quinta-feira uma operação em conjunto que visa desarticular mais um esquema de lavagem de capitais provenientes do tráfico de drogas exercido pela facção criminosa Os Manos. Houve o cumprimento de 13 ordens judiciais, sendo dois mandados de prisão, seis mandados de busca e apreensão e cinco medidas constritivas de indisponibilidade de imóveis e veículos.
A ação ocorreu em Novo Hamburgo, Portão e Brochier, além da cidade catarinense de Itapema. Entre os bens atingidos pela indisponibilidade estão veículos de luxo e imóveis rurais no Rio Grande do Sul e no Piauí. Um dos principais líderes da organização criminosa foi preso, enquanto o outro alvo permanece foragido.
A ação mobilizou o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco)-Núcleo Lavagem de Dinheiro do Ministério Público e as Delegacias de Repressão aos Crimes de Lavagem de Dinheiro do Gabinete de Inteligência Estratégica e do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico da Polícia Civil. Ela ocorreu em desdobramento das operações Água e Magna Ópera, deflagradas em maio deste ano.
Com o prosseguimento das investigações, a prisão preventiva de um dos principais líderes da facção criminosa foi decretada pela Justiça. Ele encontrava-se em prisão domiciliar, em Novo Hamburgo, mas prosseguia comandando um esquema de distribuição de grandes quantidades de droga para diferentes grupos criminosos gaúchos.
Na primeira fase da investigação foram cumpridos cerca de 340 medidas judiciais, incluindo indisponibilidade de bens, quebras de sigilo bancário, fiscal e telemático, bem como mandados de busca e apreensão.