Bonde histórico “passeia” e chama a atenção durante o trajeto em Porto Alegre

Um dos dois carros elétricos doados pela Polícia Civil foi levado até o Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul

Na instituição cultural, os guindastes foram novamente utilizados | Foto: Alina Souza/CP

O “passeio” de um dos dois bondes históricos de Porto Alegre, doados pela Polícia Civil ao Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MACRS), chamou a atenção por onde passava na manhã desta quinta-feira. Transportado em cima de uma carreta especial com 26 metros de comprimento, sob escolta dos agentes da EPTC e da Polícia Civil, o antigo carro elétrico, prefixo 193, saiu do pátio atrás do Palácio da Polícia, na rua Professor Freitas e Castro. O itinerário incluiu a Ipiranga, Edvaldo Pereira, Paiva, Siqueira Campos, Júlio de Castilhos e Castelo Branco, chegando então na sede da instituição cultural na rua Comendador Azevedo, no bairro Floresta.

À reportagem do Correio do Povo, a secretária estadual de Cultura, Beatriz Lopes, anunciou que um dos bondes será totalmente restaurado como na época em que circulava na cidade, mantendo a forma original da época. Já o outro será transformado em espaço cultural para realização de atividades, como por exemplo de formação artística, ou até em um café. “Os bondes no MACRS tem um simbolismos que é muito importante. Estamos falando de um Museu de Arte Contemporânea que também tem um olhar atento ao passado e preservação da memória afetiva muito especial das pessoas”, afirmou.

Segundo Beatriz Lopes, muitas “histórias bonitas” surgiram durante o processo de doação e de transferência dos dois bondes que estavam com a Polícia Civil. “Mais importante neste momento é o resgate. Nos deixou super feliz”, acrescentou. “Podemos ter um espaço de guarda da memória”, concluiu.

Já a Chefe de Polícia Civil, delegada Nadine Anflor, considerou o ato de doação ao MACRS como “manutenção da história”. Lembrando que os bondes despertam “saudosimo e sentimentalismo”, ela contou que, ao assumir a gestão da instituição policial, entendeu que precisava contar “a história dos bondes e de como foram importantes”, impedindo inclusive que se deteriorassem pela ação do tempo. Ela aproveitou para anunciar a inauguração no dia 7 de outubro do próprio Museu da Polícia Civil, no Palácio da Polícia, no cruzamento da João Pessoa com Ipiranga. “Está todo pronto”, destacou.

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