Pazuello diz que Brasil estuda aderir à iniciativa da OMS sobre vacinas

Covax Facility exige que países financiem desenvolvimento e distribuição mundial do medicamento, incluindo nações mais pobres do planeta

Foto: Erasmo Salomão / ASCOM MS / R7

O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quinta-feira (10), em vídeoconferência com a OMS (Organização Mundial de Saúde) que o Brasil estuda aderir ao programa Covax Facility, desenvolvido pela entidade com o objetivo de garantir acesso mundial rápido, justo e equitativo às vacinas contra a covid-19.

A reunião foi a primeira do Conselho do Facility Act, grupo internacional que discute questões relacionadas à pandemia e criado para gerir a ACT-Accelerator, outra iniciativa da OMS.

Pazuello lembrou em seu discurso que o país apoia desde junho a ACT-Accelerator, que visa tornar mais rápidos o desenvolvimento, a produção e o acesso a diagnósticos, medicamentos, tratamentos, testes e vacinas da doença.

“Espero que este órgão de governança traga mais transparência e inclusão à iniciativa, a fim de mantê-la fiel aos seus princípios fundamentais”, comentou. “Enquanto o Brasil e muitos outros países estudam a possibilidade de aderir ao Covax Facility, é preciso defender esses princípios. Caso optemos pela adesão, o Brasil poderá ser o maior contribuinte”, complementou.

Os países que aderem ao Covax Facility ajudam a financiar as vacinas com seus próprios orçamentos públicos e se comprometem a distribuí-las a nações em condições econômicas precárias.

Pazuello colocou o Brasil à disposição para a produção das vacinas e citou a experiência nacional “em oferecer acesso universal a serviços de saúde, incluindo vacinação a toda a população brasileira”.

“O Brasil estará sempre pronto para oferecer sua experiência e boa
vontade aos esforços globais para vencer a pandemia da covid-19”, concluiu.