Morte de detento é investigada no Complexo Penitenciário de Canoas

Homem teve o corpo esquartejado com um estoque durante a madrugada de terça-feira

Foto: Álvaro Grohmann / Especial / CP

A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e a Polícia Civil abriram investigação sobre a morte de um apenado ocorrida no Complexo Penitenciário de Canoas. Esfaqueado, o detento, de 25 anos, ainda teve o corpo esquartejado com um estoque dentro de uma cela da Pecan 3, durante a madrugada de terça-feira. Ele tinha antecedentes criminais por roubo, receptação e porte de arma. Agentes encontraram partes do corpo do detento em sacos plásticos e envoltos em um colchão.

A Susepe informou que a vítima não tinha vínculo aparente com alguma facção criminosa. Um outro apenado, que cumpre pena na mesma cela, cometeu o crime. No entanto, o delegado Robertho Peternelli, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas, não descarta a possibilidade de que a morte tenha sido encomendada. “Não fechamos nenhuma porta…”, afirmou. “Em um primeiro momento, temos que ser receptivos com todas as informações, por isso não descartamos que possa ter facção envolvida”, declarou.

O delegado Robertho Peternelli explicou ainda que o trabalho investigativo vai incluir o depoimento dos demais cinco detentos da cela visando “tentar chegar a uma motivação para que esse crime tenha acontecido”. Ele aguarda também os laudos do Instituto-Geral de Perícias e pretende formalizar a confissão do autor do crime, além de levantar informações sobre a vida da vítima, como ameaças, relacionamentos e dívidas, por exemplo. “Tudo nos interessa para chegar na autoria”, enfatizou. “É uma morte que chama a atenção pelo local em que ocorreu. São fatos raros de acontecer”, avaliou.

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