TSE obriga uso de máscara nas eleições

Eleitores também devem higienizar as mãos com álcool em gel, antes e depois de votar

Foto: TSE / Divulgação / CP

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou, nesta terça-feira o Plano de Segurança Sanitária para as eleições municipais de 2020. Em função da pandemia da Covid-19, o tribunal estabeleceu que só poderão para entrar nos locais de votação eleitores que estiverem usando máscara facial. Eles também devem higienizar as mãos com álcool em gel, antes e depois de votar.

A distância de um metro entre as demais pessoas também deve ser mantida. O TSE recomenda ainda que o eleitor leve a própria caneta para assinar o caderno de votação. As medidas valem para eleitores e mesários que vão trabalhar no pleito, transferido para novembro.

Os cerca de 2 milhões de mesários deverão trocar as máscaras de proteção a cada quatro horas, manter distância mínima de um metro entre os eleitores e os demais mesários, limpar as superfícies com álcool 70% e higienizar as mãos com álcool em gel constantemente.

Eleitores e mesários que estiverem com sintomas da Covid-19 não devem comparecer ao local de votação. Posteriormente, a ausência pode ser justificada na Justiça Eleitoral. Cartazes ilustrativos com o passo a passo da votação serão divulgados nas seções para orientar os eleitores.

Trinta empresas privadas doaram os equipamentos de proteção que serão usados nas eleições. No total, foram arrecadadas 9 milhões de máscaras descartáveis, 100 mil litros de álcool em gel para os mesários, 2,1 milhões de marcadores de distanciamento no chão, 1,8 milhões de viseiras plásticas e 1 milhão de litros de álcool em gel.

Durante a apresentação do protocolo, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, disse que não há segurança sanitária absoluta para evitar contaminações nos locais de votação, mas que os riscos foram diminuídos com as medidas adotadas pelo TSE.

“Nos estamos tomando todas as precauções possíveis e razoáveis na convicção de que minimizaremos o risco de contaminação de quem quer que seja. Segurança absoluta só se não tiver eleição e ninguém sair na rua”, afirmou Barroso.

As regras foram elaboradas em parceria com especialistas dos hospitais Albert Einstein e Sírio Libanês, além de técnicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Devido à pandemia da Covid-19, o Congresso promulgou emenda constitucional que adiou o primeiro turno das eleições de 4 de outubro para 15 de novembro. O texto também prorroga o segundo turno, se houver, de 25 de outubro para 29 de novembro. Os eleitores vão às urnas para elegerem prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.