Monitoramento de esgoto indica maior presença do coronavírus

Totalidade das amostras recolhidas em Porto Alegre registrou o Sars-Cov-2

Foto: Stephany Sander / Especial

Saiu nesta sexta-feira o terceiro boletim da pesquisa – feita em conjunto entre Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), universidades e parceiros – que avalia o volume de concentração de carga viral de coronavírus no esgoto.

Em Novo Hamburgo, das amostras que já tiveram o resultado convertido, coletas na Estação de Tratamento do Esgoto (ETE) da Comusa, no bairro Mundo Novo e o Arroio Pampa/Rio dos Sinos, no bairro Canudos, foram as regiões que tiveram os maiores índices de Sars-Cov-2.

Somente no Arroio Pampa, 100% das coletas deram positivo, com cargas virais elevadas, o que aponta para a continuidade da circulação da carga viral, segundo a professora do mestrado em Virologia da Universidade Feevale e uma das coordenadoras do projeto, Caroline Rigotto.

Outro fator identificado com as coletas é o elevado percentual de amostras positivas em mais pontos do Rio dos Sinos, como no Arroio João Corrêa, em São Leopoldo, além do trecho de Novo Hamburgo. Ao todo, foram 116 coletas em 22 locais, incluindo também as cidades de Campo Bom, São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Esteio, Porto Alegre, Canoas, Cachoeirinha, Gravataí e Alvorada.

Em Porto Alegre, houve aumento gradativo no percentual de amostras positivas, passando de 12,5% na primeira semana para 100%, agora.

Por conta disso, mais uma proposta de amostragem em arroios vai ser realizada, a fim de verificar o impacto da carga viral sobre as comunidades.