A retirada da Tarifa Externa Comum (TEC) para o arroz importado foi tema de reunião da Câmara Setorial do Arroz nesta terça-feira, 1º de setembro. No encontro virtual, que contou com representantes dos produtores, indústrias, cooperativas e governo, a medida teve 16 votos contrários e seis favoráveis, além de uma abstenção. O resultado foi comemorado pelo setor produtivo do arroz.
Para o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, a reunião pode ser considerada positiva no sentido de trazer à tona à discussão da TEC e outras questões estruturais da cadeia do arroz, como o endividamento e a situação de mercado. Sobre a votação, o dirigente reforça que foi um resultado expressivo não só do setor produtivo contrário à alteração da TEC como também das cooperativas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. “Além disto, parte das indústrias gaúchas tiveram posicionamento contrário a esta alteração, pois a maioria das indústrias médias e pequenas não compram no mercado externo e certamente não gostariam da alteração desta tarifa”, observa.
Velho ressalta também a participação de diretores do Ministério da Agricultura no encontro, o que proporcionou um debate mais aprofundado sobre os temas que fazem parte das discussões do setor arrozeiro”. “Foi importante para apresentar a relevância da cadeia orizícola, principalmente em ano de pandemia e crise, mostrando a segurança alimentar que representa o arroz”, complementa o dirigente.