O governador Eduardo Leite assegurou, nesta terça-feira, que o retorno das aulas presenciais em meio à pandemia de Covid-19 não vai ocorrer de forma desorganizada ou a qualquer custo. De acordo com ele, isso só vai ocorrer em áreas de bandeira laranja ou amarela e que estejam há duas semanas com essas classificação, e desde que prefeitos, diretores e pais entrem em consenso. O indicador levado em conta vai ser o do Palácio Piratini e não da co-gestão do mapa de risco.
A primeira etapa prevê a retomada das atividades em pré-escolas privadas e municipais do Ensino Infantil, em 8 de setembro. O Palácio Piratini garante que o calendário não põe em xeque o ano letivo de 2020, embora seja certo que as atividades entrarão o verão, seguindo até 2021. As aulas foram suspensas na metade de março.
O modelo hibrido de ensino, virtual e presencial, segue mantido. Nas salas de aula, protocolos serão adotados como a aferição de temperatura. Escolas que retornarem serão obrigadas a dividir as turmas, com uma parte na sala e outra não.
O cronograma escalonado ainda prevê a volta do Ensino Médio, Superior e Técnico, em 21 de setembro. Escolas estaduais de Ensino Médio, porém, só devem retornar em 13 de outubro. Já em 28 de outubro, podem ser retomadas as atividades no Ensino Fundamental, para as séries finais, do 6º ao 9º ano, e, por fim, os alunos do 1º ao 5º anos do Fundamental, em 12 de novembro.
“Não é um um retorno a qualquer custo. Não é um retorno desorganizado e não é um retorno à normalidade, sem organização. Deixar de restringir não é obrigar”, defendeu Leite. O tucano se mostrou enfático ao recomendar que, no Ensino Infantil, pais que puderem ficar com filhos em casa, o façam.
Em live, o governador detalhou o calendário proposto, mas advertiu que o cronograma pode ser revisto caso haja piora dos indicadores. Como base, Leite ressaltou que o estado segue com uma “estabilização” de casos de Covid, com 90% dos pacientes recuperados da doença. Mais de 3,5 mil mortes foram confirmadas desde o inicio da pandemia.
A proposta detalhada pelo governador havia sido rejeitada, nessa manhã, pela Farmus, entidade que representa as 497 prefeituras gaúchas.