A proposta de salário mínimo de R$ 1.067 para 2021 apresentada nesta segunda-feira pelo Ministério da Economia não prevê uma reposição do poder de compra da população. De acordo com os secretários da pasta, a decisão tem o objetivo de cumprir o teto de gastos pré-estabelecidos.
“Como estamos trabalhando com o rigoroso atendimento ao teto de gastos, se houver algum aumento real, outra despesa terá que ser reduzida”, afirmou o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues.
Ele avalia que cada R$ 1 a mais na remuneração mínima paga aos trabalhadores resulta no aumento de R$ 300 milhões nas despesas do governo. Os dados do PLOA (Projeto de Lei Orçamentária) fixam em R$ 1,485 trilhão o limite do teto de gastos para 2021.
Ao comentar a mudança de valor em relação à proposta de R$ 1.079, ele disse que houve uma alteração nas projeções para a inflação de 2020.
“Quando enviamos o PLDO, no dia 15 de abril, nós tínhamos um perfil dos parâmetros macroeconômicos e, no PLOA, atualizamos de acordo com os dados atuais”, explicou o secretário.