Setor de serviços emprega 12,6 milhões com salário médio de R$ 2.194, diz IBGE

Responsável pela maior parcela do PIB nacional, área conta com 1,3 milhão de empresas que movimentaram R$ 1,6 trilhão em 2018

Maior demanda é para vendedor de serviços e consultor de vendas - Gabriel Bandeira/SMDSE PMPA

Responsável por mais de 70% das riquezas produzidas no Brasil, o setor de serviços contava, em 2018, com 12,6 milhões de trabalhadores que recebiam uma remuneração média de 2,3 salários mínimos (R$ 2.194). As informações foram apresentadas nesta quinta-feira, pela PAS (Pesquisa Anual de Serviços), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados mostram que o setor a atividade de prestação de serviços não financeiros conta com 1,3 milhão de empresas ativas, responsáveis pela movimentação de R$ 1,6 trilhão em receita operacional líquida e R$ 963,8 bilhões de valor adicionado.

De acordo com o estudo, todos os grandes segmentos apresentaram aumento no número absoluto de pessoas ocupadas 2009 e 2018, com acréscimo total de 3 milhões de funcionários, o que representa um crescimento de 31,9% no período.

Embora permaneça na liderança do ranking da distribuição de pessoal ocupado, o segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares perdeu 0,5 ponto percentual na participação de trabalhadores nos últimos 10 anos, passando de 40,7% para 40,2%.

Em seguida, aparecem os serviços prestados principalmente às famílias (22,8%), de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (19,6%) e informação e comunicação (8,1%). Outras atividades de serviços, serviços de manutenção e reparação e atividades imobiliárias somam 9,3% da força de trabalho do setor.

Em termos salariais, a menor remuneração média mensal foi verificada no segmento de serviços prestados às famílias, de 1,5 salário mínimo (R$ 1.431). Por outro lado, a maior média salarial foi registrada nos serviços de informação e comunicação, de R$ 4.484 ou 4,7 salários mínimos.

Desde 2009, os salários médios de todos segmentos apresentaram redução ou ficaram inalterados, com destaque negativo para as atividades imobiliárias (de 2,6 para 1,6 salário mínimo) e os serviços de informação e comunicação (de 5,6 para 4,7 salários mínimos).

Segmentos

De todo a receita movimentada pelos serviços, o segmento de transportes foi responsável pela maior parte desse total, com 30% de participação, seguido pelos serviços profissionais, administrativos e complementares (26,4%), serviços de informação e comunicação (22,1%) e serviços prestados às famílias (11,5%). Outras atividades de serviços, atividades imobiliárias e serviços de manutenção e reparação somam 10% da participação.

A movimentação do setor nos últimos 10 anos levou o segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio ultrapassar os serviços de informação e comunicação e registrando um aumento de participação de 2,2 pontos percentuais em 2018.

Os serviços de comunicação também foram ultrapassados pelos serviços profissionais, administrativos e complementares, que ocupava o terceiro lugar no ranking em 2009.