O procurador regional eleitoral Fábio Venzon reconheceu, nesta quinta-feira, a gravidade de um ataque hacker registrado, na semana passada, em meio a uma videoconferência virtual da deputada federal e pré-candidata à Prefeitura de Porto Alegre Fernanda Melchionna (PSol). Opositores invadiram a live e reproduziram imagens exaltando o presidente Jair Bolsonaro e ofensas de cunho machista, racista e LGBTIfóbico, barrando o sistema de som dos participantes.
Depois do episódio, Melchionna e Márcio Chagas, candidato a vice na chapa, registraram ocorrência na Polícia Civil e protocolaram um ofício no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), denunciando a invasão. Hoje, Venzon esteve reunido com os pré-candidatos e classificou como “grave” a ocorrência, dizendo que pode resultar em multa de até R$ 6 mil.
Conforme o procurador, a descoberta da autoria do ataque é de suma importância para identificar se há a formação de uma rede nacional para atacar pré-candidatos de determinadas frentes em 2020. Para isso, Venzon disse que vai comunicar a Polícia Federal. Caso os envolvidos estejam ligados à corrida eleitoral, alertou, podem inclusive perder o direito a concorrer.
“O procurador nos explicou que aceitou marcar a reunião com rapidez por ter ficado muito preocupado com o episódio e ter considerado um ataque às liberdades democráticas e ao direito do eleitor se manter informado. Da nossa parte, explicamos a importância de pensar na prevenção desse tipo de ataque para as próximas atividades e para toda a campanha”, ressaltou Fernanda Melchionna.
Em função dos ataques, a apresentação do programa do PSol teve de ser remarcada para esta sexta-feira. O sistema vai ter segurança reforçada, inscrição prévia e controle manual de entrada.
