Setor de hortifruti e fruticultura são impulsionados por agricultura 4.0

Morango. Foto: Agência Senado

Um dos principais setores que mantém o país em movimento, a agricultura necessita cada vez mais da tecnologia para aumentar a produção em quantidade e qualidade, reduzindo os custos e consequentemente tornando-se mais competitiva. Nesse sentido, a chamada Agricultura 4.0 – que derivou da Indústria 4.0, remetendo à digitalização dos processos de produção, tem se mostrado com essencial na agricultura moderna.

Assim, surgiram soluções com gestão baseada em dados e sustentabilidade, com foco também para um setor importante do agro: a horticultura e fruticultura, atividades que ainda carecem de atenção. Pensando nisso, Elysios Agricultura Inteligente, startup do agro que utiliza como base o conceito de Internet das Coisas e Inteligência Artificial, desenvolveu o Caderno de Campo Digital, com sistemas de controle e automação.

Essa tecnologia torna possível o sensoriamento do cultivo e processamento dos dados, que permitem ao produtor tomar a melhor decisão possível com base nas necessidades da planta, possibilitando ganho de produtividade e um uso otimizado de água e insumos.
Na prática, o sistema funciona assim: sensores são distribuídos no cultivo para controle de variáveis responsáveis pela qualidade das plantas, como temperatura, luminosidade, umidade, irrigação e nutrientes. Todos os dados são processados no local pelo aplicativo chamado Demetra, que o produtor pode acessar no celular ou mesmo no computador. Através da aplicação com “Diário de Campo”, o produtor pode acompanhar seu cultivo e interagir com informações da sua fazenda.

Em São José do Hortêncio (RS) nas estufas do produtor Rafael Flach, o sistema trouxe resultados positivos e inovadores na produção de alfaces e rúcula. “Através do Caderno de Campo hoje temos o total controle e sabemos quantos cultivos por ano conseguimos fazer, sem falar no sensoriamento. Antes não tínhamos registros exatos”, comenta o produtor, responsável pela Horti Flach. Nas estufas, além da rúcula, são seis variedades de alface: crespa, lisa, mimosa roxa, mimosa verde, crespa roxa e americana, que agora ficam registradas no aplicativo. “Com isso conseguimos aprender, pelo fato do Caderno de Campo fazer todos os registros dos cultivos em todas as épocas do ano”, destaca Flach.

O Demetra mantém para o produtor um diário de campo 100% digital, que mantém registro de pragas e doenças, controle de aplicações e adubações, módulo financeiro, rastreabilidade do plantio e informação de controle e automação. Isso resulta também em economia de água e insumos, que são aplicados no tempo e medida ideais para os cultivos.

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