O prefeito Nelson Marchezan Jr. esteve reunido, na tarde desta terça-feira, com representantes de entidades empresariais de Porto Alegre para discutir a possibilidade de novas liberações das atividades econômicas na cidade. Durante o encontro virtual, empresários de setores como serviços, comércio e alimentação reiteraram que ainda existem demandas a serem atendidas, como funcionamento aos sábados, dentro e fora de shopping centers. Além disso, o setor da alimentação busca uma flexibilização para que os estabelecimentos possam funcionar também à noite e nos finais de semana.
Ainda nesta semana, conforme Marchezan, devem acontecer reuniões com líderes religiosos e também com o setor educacional. “Até sexta devemos ter conversado com outros setores para poder amadurecer essa situação. Quem sabe até lá possamos construir outras alternativas”, destacou o prefeito. Ele ainda pontuou que entende as necessidades dos empresários, mas usou exemplos como a Coreia do Sul e Israel, que vivem novas ondas de contágio, para sugerir que sejam mantidas certas restrições.
“Assim, teremos um pouco mais de segurança que vamos manter as atividades de forma permanente”, assinalou. Por outro lado, Marchezan lembrou de setores que “não tiveram oportunidade”, até o momento, de retornar às atividades: como a área da educação e o setor de eventos. “Sabemos que são demandas importantes, conhecemos as necessidades, só queria ponderar os riscos que isso pode trazer e as opções de outras atividades retornarem antes da ampliação daquelas que já estão funcionando”, complementou.
Marchezan disse que as propostas das entidades serão analisadas nesta quarta-feira, na reunião do Comitê Temporário de Enfrentamento ao Coronavírus, mas adiantou que dificilmente todas serão acatadas de imediato. “Se houver uma abertura já neste sábado, o que é pouco provável, combinaremos com vocês entre quarta ou quinta-feira, para darmos um prazo adequado”, informou Marchezan.
De acordo com o presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, os lojistas atualmente atendem cinco dias por semana e com um faturamento que gira em torno de 25% a 30%. “Depois de quatro meses fechados, tivemos problemas com taxas, capital de giro, muitas empresas fecharam e muitas ainda vão fechar. Pela análise que fizemos, o pico já passou, não houve um crescimento e vemos uma possibilidade de maior flexibilização. Sem o sábado, temos uma ‘morte lenta'”, definiu. Ainda segundo Kruse, é preciso garantir uma condição melhor para o comércio.