Dissídio coletivo dos Correios vai ser definido pelo TST

Estatal e trabalhadores não chegaram a acordo; greve da categoria já dura oito dias

Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

Os Correios anunciaram hoje que entraram com dissídio coletivo de greve no Tribunal Superior do Trabalho (TST) por não ter havido acordo com as entidades representantes dos funcionários, parados desde a segunda-feira passada. A partir de agora, o tribunal vai mediar a negociação por reajuste de salário dos empregados da estatal.

De acordo com os Correios, desde julho são realizadas tentativas de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) com as entidades dos trabalhadores. A estatal informou que os salários dos empregados seguem resguardados e que eles seguem tendo acesso, por exemplo, ao benefício auxílio-creche e ao tíquete refeição e alimentação, em quantidades adequadas aos dias úteis no mês, de acordo com a jornada de cada trabalhador.

Mesmo com a greve, os Correios dizem que mantêm a rede de atendimento aberta em todo o país e os serviços, inclusive com o Sedex e o PAC operando normalmente. Já as postagens com hora marcada seguem suspensas, desde o início da pandemia de coronavírus.

Greve
Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect), parte dos trabalhadores decidiu cruzar os braços em protesto contra a proposta de privatização da estatal e pela manutenção de benefícios trabalhistas, previstos no ACT anterior.

A categoria também reivindica mais atenção, por parte da empresa, quanto aos riscos que o novo coronavírus representa para os trabalhadores.