Impacto das medidas de combate à Covid-19 é de R$ 505 bilhões

Ministério da Economia informou que esforço fiscal já atingiu cerca de 7,3% do PIB projetado para 2020

Foto: Marcelo Casal Jr / Agência Brasil

O impacto fiscal das medidas de combate à Covid-19 no país é de R$ 505,4 bilhões, de acordo com o Ministério da Economia. O esforço fiscal já atingiu cerca de 7,3% do Produto Interno Brasileiro (PIB) projetado para 2020. Para a Secretaria de Política Econômica, os dados ficaram “muito acima da média de 4,1% para 17 países em desenvolvimento e, também, acima da média de 30 países da OCDE”. A maior parte desse esforço fiscal se concentra no pagamento do auxílio emergencial de R$ 600, concedido a trabalhadores informais, desempregados e microempreendedores individuais de famílias de baixa renda.

A Caixa Econômica Federal atendeu 65,3 milhões de brasileiros com o pagamento de quatro parcelas do auxílio até o mês passado. Desse total, 19,2 milhões já eram beneficiários do Bolsa Família, 10,5 milhões tinham registro no Cadastro Único e 35,6 milhões não tinham histórico de recebimento de benefício anterior à pandemia. Os três grupos, no total, receberam R$ 129,5 bilhões.

O ministério detalha que o total de despesas direcionadas ao enfrentamento da crise atingiu R$ 505,4 bilhões, o que resulta em uma projeção de um déficit primário de quase R$ 800 bilhões, ou 11% do PIB.

No primeiro trimestre de 2020, o PIB brasileiro teve contração de 1,5% (em comparação aos três meses anteriores) e espera-se uma queda em torno de 8% no segundo trimestre. “Esses valores, ainda que historicamente incomparáveis, estão abaixo das quedas observadas em outras grandes economias”, considera a pasta.