O Brasil tinha cerca de 6,2 milhões de pessoas, ou 7,5% da população ocupada, afastadas do trabalho devido ao distanciamento social, na semana entre 12 e 18 de julho. O contingente representa uma redução em relação à semana anterior, que tinha 8,6% da população ocupada fora dos postos, de acordo com a PNAD Covid19, pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (7).
O levantamento estimou em 81,8 milhões a população ocupada do país, no período em análise. Houve uma estabilidade em relação à semana anterior (81,1 milhões de pessoas) e queda em relação à semana de 3 a 9 de maio (83,9 milhões).
A população em atividade no País é de 72,5 milhões de pessoas. Entre elas, 8,2 milhões, ou 11,3% do total, trabalham remotamente: estabilidade na comparação com a semana anterior.
O nível de ocupação foi de 48%, enquanto a taxa de informalidade foi de 32,5%, um recuo em relação à semana de 5 a 11, quando o índice era de 34%.
Segundo o IBGE, a população desocupada no Brasil chegou a 12,4 milhões de pessoas. O número representa estabilidade frente à semana anterior (12,2 milhões), mas houve uma alta no comparativo com a semana de 3 a 9 de maio, quando 9,8 milhões estavam desempregadas. A taxa de desocupação ficou em 13,1%.
A pesquisa indica que 76,2 milhões de pessoas não estavam trabalhando e nem procuravam por emprego. Deste total, cerca de 28 milhões disseram que gostariam de trabalhar e outras 18,6 milhões afirmaram que não iniciaram as buscas por causa da pandemia do novo coronavírus ou porque não encontraram uma ocupação próximo ao local onde moram.
O levantamento destaca também que 3,3 milhões de pessoas com síndrome gripal procuraram tratamento em uma unidade de saúde. Cerca de 85% dos atendimentos foram na rede pública.
Outras 302 mil pessoas procuraram ajuda em ambulatórios ou consultórios privados ou ligados às forças armadas. A taxa de internação foi de 14,8%.
Na semana de 12 a 18 de julho, a PNAD COVID19 estimou que 13,8 milhões de pessoas, ou 6,5% da população, apresentavam pelo menos um dos 12 sintomas associados à síndrome gripal, como febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de olfato ou paladar e dor muscular.