Produção industrial sobe 8,9% em junho ante maio, diz IBGE

Em 12 meses, a produção acumula queda de 5,6%

Indústria. Foto: Agência Brasil / CP Memória

A produção industrial subiu 8,9% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal, divulgou nesta terça-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio dentro das expectativas dos analistas, que esperavam uma alta desde 2,3% a 10,4%, com mediana positiva de 7,8%. Em relação a junho de 2019, a produção caiu 9,0%.

Nessa comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de uma queda de 17,2% a 6,0%, com mediana negativa de 9,90%. A indústria acumula queda de 10,9% no ano de 2020. Em 12 meses, a produção acumula queda de 5,6%.

Avanço por setores

A produção cresceu em 24 dos 26 ramos pesquisados pelo IBGE. De acordo com a instituição, “a alta de 8,9% foi a maior desde junho de 2018 (12,9%), quando o setor retomou a produção logo após a greve dos caminhoneiros”.  Os principais destaques positivos para o mês foram veículos automotores, reboques e carrocerias (70%), puxado, principalmente, por carros e caminhões, além de outros equipamentos de transporte (141,9%).

“Motocicletas estão dentro dessa atividade. Ela também vem tendo expansões significativas desde maio (57%). Esses avanços, contudo, estão longe de suplantar as perdas observadas em março e abril”, afirmou o gerente da pesquisa, André Macedo.

Pior trimestre da série história

O segundo trimestre do ano, de abril a junho, registrou recuo de 19,4%, com a queda mais intensa desde o início da série histórica, na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.  O resultado foi pressionado, principalmente, pela menor fabricação de automóveis (de -14,9% para -83,2%) e de eletrodomésticos (de 5,9% para -33,2%).

Neste cenário, as atividades que tiveram piores resultados foram veículos automotores, reboques e carrocerias (-51,6%), metalurgia (-25,3%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-46,8%), máquinas e equipamentos (-19,7%), de couro, artigos para viagem e calçados (-44,7%), produtos têxteis (-23,7%), entre outros.